Se acha estranho estar a ler esta mensagem, que o diga eu... não seria mais "cool" estar a escrever uma parvoíce na página do lado?
E os Débitos Directos? (chamemos-lhes apenas SDD - Sistema de Débitos Directos)
São uma chatice, são contas para pagar e não existe nada no mundo mais chato do que isso.
O Banco de Portugal (BdP, para os amigos) achou o mesmo e, só para gozar connosco, dedicou aos SDD o primeiro dos seus nove bem elaborados cadernos. Lá está tudo sobre tornar a sua vida estupidamente mais simples, tão simples que corre o risco de se tornar desinteressante.
Por mim, prefiro andar a controlar um calendário e uma série de facturas e, como não acredito no canal directo via Internet, vou ocupar uma caixa multibanco durante vinte minutos só para pagar as contas, e mais vinte minutos a seguir para controlar os movimentos das minhas contas à ordem. Perdi tempo, mas ganhei uns quantos inimigos.
Com os SDD pode-se domiciliar todos os consumos e, actualmente, quase todo o tipo de despesas (ginásio, ordem dos engenheiros, quotas do Benfica, etc.).
"E se os mafiosos das telecomunicações mafiarem (claro está) a minha conta telefónica e a PT debitar-me três mil e tal Euros?"
Resposta: Tal pode ser evitado de duas formas - a primeira e a segunda. Agora a sério, podemos evitar cobranças indevidas (1) a anteriori, estipulando um limite num SDD, evitando assim débitos exorbitantes ou (2) a posteriori, revogando o SDD no prazo de 60 dias e reavendo por crédito à conta exactamente o que foi debitado.
Este sistema é tão simples e tão protector do devedor que nem parece ter sido inventado em Portugal. Com efeito, não foi.
Blog dos Bancos
... dos Bancos e dos seus Clientes
quinta-feira, 15 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
Como evitar comissões bancárias desnecessárias (2).
Vamos continuar a poupar?
"Bora" lá com mais uma dica, desta vez abordando os serviços de "Homebanking", "Internetbanking" ou, em português simples e conciso, canal directo via Internet.
Actualmente, à excepção de levantamentos e depósitos (destas operações falaremos mais tarde), tudo, ou melhor, TUDO se pode tratar na net.
"Epá, mas eu gosto de tratar dos meus assuntos cara a cara com o funcionário e ... (blá blá blá)" - dirão muitos dos caros leitores. Pois vos garanto que não há mais segurança nem qualidade e quantidade de informação que nos serviços de "netbanking" (eis outro termo bastante utilizado). A generalidade das operações são gratuitas e os serviços pagos têm um desconto significativo face ao preçário normal do banco (as requisições de livros de cheques, por exemplo).
A menos que goste de engrossar as filas de espera e/ou actualizar conversa com o funcionário lá da agência enquanto desperdiça a sua hora de almoço, o "netbanking" permite-lhe, entre várias vantagens, gerir o seu próprio tempo, evitar tempo perdido à espera da sua vez, poupar em deslocações/combustível e, frequentemente, imagine-se, evitar multas de estacionamento.
É só vantagens? Eu acho que sim. Ainda que no atendimento via Internet possam subsistir dúvidas, existe ainda a possibilidade de enviar uma mensagem a solicitar contacto telefónico do banco para que eventuais questões possam ser esclarecidas. Acreditem, o banco contactará rapidamente porque os níveis de serviço são controlados de forma rígida pelos respectivos departamentos de qualidade (ainda não falámos destas coisas da qualidade, mas lá chegaremos).
"Pois é, e a pirataria informática? Um primo do meu cunhado foi burlado e... (mais blá blá blá)" - dirá você que tem um cunhado um pouco aldrabão. A segurança dos dados atingiu um estado de sofisticação que os burlões adoptaram outra estratégia. Agora, nas poucas vezes que têm sucesso, eles contam com uma ajuda improvável. A nossa ajuda. Os utilizadores do "netbanking" são agora confrontados com páginas falsas que solicitam as informações necessárias para que o burlão possa calmamente aceder à sua conta e transferir os fundos que você tem depositados. Essas páginas falsas são na grande parte das vezes de execução grosseira e sem qualidade de escrita, pelo que são facilmente detectáveis.
Adopte a net para as suas transacções, mas utilize-a de acordo com as recomendações do seu banco e tudo correrá bem, com muita poupança à mistura.
"Bora" lá com mais uma dica, desta vez abordando os serviços de "Homebanking", "Internetbanking" ou, em português simples e conciso, canal directo via Internet.
Actualmente, à excepção de levantamentos e depósitos (destas operações falaremos mais tarde), tudo, ou melhor, TUDO se pode tratar na net.
"Epá, mas eu gosto de tratar dos meus assuntos cara a cara com o funcionário e ... (blá blá blá)" - dirão muitos dos caros leitores. Pois vos garanto que não há mais segurança nem qualidade e quantidade de informação que nos serviços de "netbanking" (eis outro termo bastante utilizado). A generalidade das operações são gratuitas e os serviços pagos têm um desconto significativo face ao preçário normal do banco (as requisições de livros de cheques, por exemplo).
A menos que goste de engrossar as filas de espera e/ou actualizar conversa com o funcionário lá da agência enquanto desperdiça a sua hora de almoço, o "netbanking" permite-lhe, entre várias vantagens, gerir o seu próprio tempo, evitar tempo perdido à espera da sua vez, poupar em deslocações/combustível e, frequentemente, imagine-se, evitar multas de estacionamento.
É só vantagens? Eu acho que sim. Ainda que no atendimento via Internet possam subsistir dúvidas, existe ainda a possibilidade de enviar uma mensagem a solicitar contacto telefónico do banco para que eventuais questões possam ser esclarecidas. Acreditem, o banco contactará rapidamente porque os níveis de serviço são controlados de forma rígida pelos respectivos departamentos de qualidade (ainda não falámos destas coisas da qualidade, mas lá chegaremos).
"Pois é, e a pirataria informática? Um primo do meu cunhado foi burlado e... (mais blá blá blá)" - dirá você que tem um cunhado um pouco aldrabão. A segurança dos dados atingiu um estado de sofisticação que os burlões adoptaram outra estratégia. Agora, nas poucas vezes que têm sucesso, eles contam com uma ajuda improvável. A nossa ajuda. Os utilizadores do "netbanking" são agora confrontados com páginas falsas que solicitam as informações necessárias para que o burlão possa calmamente aceder à sua conta e transferir os fundos que você tem depositados. Essas páginas falsas são na grande parte das vezes de execução grosseira e sem qualidade de escrita, pelo que são facilmente detectáveis.
Adopte a net para as suas transacções, mas utilize-a de acordo com as recomendações do seu banco e tudo correrá bem, com muita poupança à mistura.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Como evitar comissões bancárias desnecessárias (1).
Já aqui falámos sobre as vantagens de se fidelizar a um banco, após uma escolha calma e ponderada.
Vamos agora desenvolver o tema das indesejáveis comissões. As comissões servem para os bancos compensarem o decréscimo continuo da sua margem de negócio. Sim, os lucros monumentais da banca provêm cada vez menos da margem (a diferença do juro cobrado para o juro pago, acrescido dos custos das provisões, custo das garantias, etc.).
Sim, a vida não está nada fácil para os bancos e respectivos administradores. Só assim se explica que continuem a inventar formas tão impopulares de ganhar dinheiro como... comissões.
Vamos à primeira dica:
Adopte o sistema que utiliza para o depósito de combustível do seu automóvel. Um depósito quase vazio significa (além da desagradável possibilidade de ficar a meio do caminho) muitas impurezas para os injectores, carburadores e outros dispositivos que se desafinam facilmente. Significa despesas com oficina. A conta à ordem também não deve "andar nas lonas". Além do mau aspecto, qualquer portagem ou outro débito incondicional vai gerar um saldo devedor sobre o qual o banco cobrará, já adivinhou, uma comissão. Invista algum montante num saldo residual da sua conta e efectue um controlo apertado. "Controlo" é de resto a palavra-chave para uma conta sem quaisquer custos. Imagine que "investe" Eur 500,00 no saldo residual da sua conta à ordem. Esta medida significa, sem exagero, uma poupança de Eur 40,00/ano. Significa num Depósito a Prazo uma remuneração de 8,00% líquidos (ou 10,00% brutos). Nada mau!
Próximas dicas nas próximas mensagens.
Vamos agora desenvolver o tema das indesejáveis comissões. As comissões servem para os bancos compensarem o decréscimo continuo da sua margem de negócio. Sim, os lucros monumentais da banca provêm cada vez menos da margem (a diferença do juro cobrado para o juro pago, acrescido dos custos das provisões, custo das garantias, etc.).
Sim, a vida não está nada fácil para os bancos e respectivos administradores. Só assim se explica que continuem a inventar formas tão impopulares de ganhar dinheiro como... comissões.
Vamos à primeira dica:
Adopte o sistema que utiliza para o depósito de combustível do seu automóvel. Um depósito quase vazio significa (além da desagradável possibilidade de ficar a meio do caminho) muitas impurezas para os injectores, carburadores e outros dispositivos que se desafinam facilmente. Significa despesas com oficina. A conta à ordem também não deve "andar nas lonas". Além do mau aspecto, qualquer portagem ou outro débito incondicional vai gerar um saldo devedor sobre o qual o banco cobrará, já adivinhou, uma comissão. Invista algum montante num saldo residual da sua conta e efectue um controlo apertado. "Controlo" é de resto a palavra-chave para uma conta sem quaisquer custos. Imagine que "investe" Eur 500,00 no saldo residual da sua conta à ordem. Esta medida significa, sem exagero, uma poupança de Eur 40,00/ano. Significa num Depósito a Prazo uma remuneração de 8,00% líquidos (ou 10,00% brutos). Nada mau!
Próximas dicas nas próximas mensagens.
Como maximizar vantagens na sua conta bancária.
Hoje em dia, muito dificilmente passamos sem uma conta depósitos à ordem. Trata-se de um serviço que pode acarretar elevadas despesas se for mal escolhido e/ou mal usado.
Alguns bancos já facultam aos seus clientes particulares um conjunto de vantagens se estes se fidelizarem. Essa fidelização pode representar a domiciliação do ordenado, a domiciliação de despesas domésticas no Sistema de Débitos Directos, ou mesmo a aquisição de produtos úteis como a constituição de uma poupança. As vantagens vão desde a isenção de despesas/comissões, à bonificação em taxas de juro e descontos em produtos financeiros, como por exemplo, o seguro do automóvel.
Efectue uma lista de três ou quatro bancos que possam vir a ser O SEU BANCO. Tenha em conta a qualidade de atendimento, localização e outros requisitos que considere importantes. De seguida, negoceie a sua fidelização e veja o que pode ganhar/poupar em cada um deles e, finalmente, eleja a instituição que merecerá ter a sua conta à ordem.
Alguns bancos já facultam aos seus clientes particulares um conjunto de vantagens se estes se fidelizarem. Essa fidelização pode representar a domiciliação do ordenado, a domiciliação de despesas domésticas no Sistema de Débitos Directos, ou mesmo a aquisição de produtos úteis como a constituição de uma poupança. As vantagens vão desde a isenção de despesas/comissões, à bonificação em taxas de juro e descontos em produtos financeiros, como por exemplo, o seguro do automóvel.
Efectue uma lista de três ou quatro bancos que possam vir a ser O SEU BANCO. Tenha em conta a qualidade de atendimento, localização e outros requisitos que considere importantes. De seguida, negoceie a sua fidelização e veja o que pode ganhar/poupar em cada um deles e, finalmente, eleja a instituição que merecerá ter a sua conta à ordem.
Bancos em Portugal - uma nova relação.
A relação do cliente bancário com o seu banco mudou. Esta crise financeira que não é global (chineses e árabes continuam com bastante liquidez) veio alterar a forma como os bancos portugueses passaram a olhar os seus clientes.
O cliente tradicionalmente utilizador de crédito tem muito mais dificuldade em se financiar. A culpa não é só da falta de liquidez, mas também do maior controlo de risco que Banco de Portugal e convenções internacionais impõem.
No campo oposto, o aforrador passou a representar uma importância acrescida para os bancos. O cliente que poupa continua a ser a forma mais barata de financiamento para o banco. Actualmente, ainda mais barata com o advento do dinheiro escasso e caro no Mercado Inter-Bancário (a cedência de fundos entre bancos).
Resumindo, a estratégia é poupar para evitar necessidades de financiamento, não só porque é cada vez mais caro como também pela escassez do dinheiro. Por outro lado, o aforrador tem mais capacidade de negociação de taxas para os seus depósitos, assim como um leque alargado de produtos financeiros com taxas (muitas vezes garantidas) generosamente acima da Euribor.
Este artigo será desenvolvido brevemente.
Novos artigos sobre a nossa relação com os bancos serão publicados oportunamente.
O cliente tradicionalmente utilizador de crédito tem muito mais dificuldade em se financiar. A culpa não é só da falta de liquidez, mas também do maior controlo de risco que Banco de Portugal e convenções internacionais impõem.
No campo oposto, o aforrador passou a representar uma importância acrescida para os bancos. O cliente que poupa continua a ser a forma mais barata de financiamento para o banco. Actualmente, ainda mais barata com o advento do dinheiro escasso e caro no Mercado Inter-Bancário (a cedência de fundos entre bancos).
Resumindo, a estratégia é poupar para evitar necessidades de financiamento, não só porque é cada vez mais caro como também pela escassez do dinheiro. Por outro lado, o aforrador tem mais capacidade de negociação de taxas para os seus depósitos, assim como um leque alargado de produtos financeiros com taxas (muitas vezes garantidas) generosamente acima da Euribor.
Este artigo será desenvolvido brevemente.
Novos artigos sobre a nossa relação com os bancos serão publicados oportunamente.
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